Veredas da Arte...
Man Ray(1890/1976): Fotógrafo, Pintor, Escultor, Cineasta
Prometi a um amigo, apaixonado pela fotografia, que lhe falaria de Man Ray, um vanguardista das belas artes em geral e, da fotografia artística em particular. "Cravei " a descoberta apaixonante de Man Ray nessas veredas andarilhas dos “rodapés”, a pretexto de fuga dessa apatia cultural que força muitos caboverdianos a viverem e morrerem como se o mundo nada mais tivesse produzido para além de carros e betão.
Man Ray
6 3/4 x 8 7/8" (17.1 x 22.5 cm)
Museu de Arte Moderna, Nova Iorque
Man Ray nasceu na Filadélfia em 1890 e morreu em Paris em 1976. Emmanuel Radnitsky abandonou a escola convencional e as directrizes da família, na adolescência, para se dedicar à pintura e a escultura. Marcou essa ruptura com a adopção de um novo nome: Man Ray.
Vanguardista, inquieto, inconformado e de espírito livre Man Ray encontrou no francês Marcel Duchamp, precursor do “Dadaismo”, um parceiro de trabalho e um grande amigo. Com este fundou o grupo Dadá de Nova Iorque. Não tendo sua obra sido aceita nesta cidade ruma para Paris em 1921. Ali junta-se também ao movimento surrealista. Porém, o “alinhamento” de Man Ray é mais uma busca instintiva de oportunidade de inovação, de ruptura e de criação do que propriamente um frenesi intelectual pelos “ismos” da arte.
Man Ray
9 7/16 x 7 1/8
Museu J.Paul Getty , Los Angeles
9 7/16 x 7 1/8
Museu J.
Artista multifacetado, Man Ray dedicou-se a pintura, escultura, fotografia e cinema. Porém, é a fotografia definitivamente a sua grande paixão, o meio que melhor lhe serviu para expressar-se. Escancarou as portas para a aceitação da fotografia como uma forma de expressão artística, explorou métodos e técnicas e inaugurou a fotografia contemporânea. Para além da fotografia como meio de expressão eminentemente artística fez trabalhos comerciais para o sector da moda e fotografou artistas famosos e personalidades com que se privou. Em 1940 regressou aos Estados Unidos para fugir da guerra. Viveu 10 anos em Hollywood onde deu aulas de pintura e fotografia. Voltou a Paris Em 1951 e ali permaneceu até a morte.
A obra desse desbravador irreverente é incontornável para a arte moderna e para a nossa cultura visual. Aliás, toda a produção fotográfica moderna está contaminada pelo olhar desse homem.
1 comentário:
Man,
Excelente, pá! Thanks pela aula e pela vereda...
Abraço,
Enviar um comentário