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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Expectativa


Fonte da Imagem: http://www.milfotos.org/images/493d7da0a0a8ab358676a441a9b998d4.jpg

Estou e penso que muitos estarão também a espera, do dia em que instituições como a TACV, a Electra, os Serviços de Registos e Notariado, muitos serviços públicos e privados e tantos outros nos dirão frontalmente, em palavras, aquilo que nos dizem diariamente em atitudes.

Pode parecer simples ironia mas é muito mais do que isso. Eu ficaria muito satisfeito. Daria uma bela risada e, em seguida tomaria o rumo de um desses lugares agradáveis, quase idílicos, que me servem de “refúgio para renascimento”- como Rui Vaz, Ponta do Sol, Ribeira da Torre, Monte Verde, Fajã d’Água, Chã das Caldeiras…- no dia em que essas instituições me disserem literalmente, em explícitas palavras:

- “sabe uma coisa, olavo (assim mesmo, com letra minúscula), vá à merda, vá para o diabo que te carregue porque estamos nas tintas para as tuas pretensões de direitos ou de seja lá o que for”.

Convenhamos. Todos os anos é a mesmíssima coisa. Centenas de pessoas, incluído os benditos emigrantes se acotovelam e se humilham pedinchando um lugar para viajar de avião em Cabo Verde. Imagino que num “lógica de procura e oferta” muitos até pagariam um valor inflacionado para essas benditas viagens. No entanto, a administração dos TACV que no ano 1990 já sabia que em 2010 não conseguiria dar vazão ao transporte de passageiros no verão e no fim de ano, nada fez e nada fará para “gerir” essa e outras situações.

Queria viajar não pude. Muitos queriam, querem e não poderão. Outros insistem, activam as “conections”, encetam uma ida e vinda dos aeroportos até conseguirem, que seja um dos lugares “free” de um “tacevista” que acordou com aquela maldita ressaca e preferiu continuar no maldito conforto do leito.

Porem, usando ou não os serviços a grande verdade é que a factura será sempre e necessariamente paga. Porque as empresas públicas estão nas tintas para a treta da gestão, porque o cofre do estado estará sempre de pernas abertas, qual incauta “pexinguinha” para as acolher. O pequeno detalhe é que o “cofre do estado” é exactamente “eu e tu” que essas mesmas “empresas” mandam indevidamente (porque não o fazem de modo explicito) para o inferno.

A Electra e muitas outras me espoliam, me extorquem, me insultam com os piores atitudes que se pode dirigir a um inconveniente insecto, violam frontalmente leis e direitos, me agridem e depois me cobram a factura a moda do velho “gangster” americano. Me cercam, me torcem os ossos e os músculos, me apontam a arma à têmpora e me enfiam as mãos no bolso ou sabe Deus lá onde. O estado, a mãe pátria que mais parece a “mãe tigre” de pé como alcoviteira apenas observa, escarnece e aprende para o dia em que, também, directa ou indirectamente me extorquirá. Depois vai ao “cofre” e enfia a mão a moda de um urologista sádico, ignorando a minha dor e me obriga a pagar pela enésima vez a mesmíssima factura.     

…e se por um acaso, por um mero defeito da minha constituição físiológica, o amargo fígado me doer existirá sempre a disposição para "livre escolha" (palavras de um ministro) um cálice de “metanol” disfarçado de “grogue de Santo Antão” para me consolar, até que, finalmente, chegue aquela bendita frase redentora que tão ansiosamente aguardo!
OL

1 comentário:

Carla disse...

Para a Electra e a TACV acho que já nãohásolução possivel. nenhuma medida tomada pelosgovernos cabo-verdianos nos ultimos 20 anos surtiu qualquer efeito nessas duas empresas.
portanto só nos resta: rezar e resignar!!!
a verdade é que o consumidor cabo-verdiano é um insignificante seja para o Estado,empresas e mesmo a asociaçãode defesa dos consumidores que barafusta muito e faz pouco.

P.S. Gostei muito do blog